
Oi Paty, vamos sim tentar diminuir a distância entre a saudades de São Paulo e a minha frustação em nunca ter tido a oportunidade (ainda) de visitar Roma...
A prefeitura de São Paulo, contratou a dupla suíça Herzog & De Meuron para fazer um estudo para um teatro Dança-escola (se lembra do nosso projeto no 4°ano da Faculdade??) e está pagando R$3.000.000,00!!!! Só pelo estudo. Entrarei em uma discussão talvez um pouco bairrista, ou talvez menos colonialista. Porque, não foi contratados arquitetos Brasileiros? Paulistas? Temos tantos bons exemplos!!! Oscar Niemeyer (no topo da lista), Botti e Rubin, Aflalo e Gasperini, Issay Winfeld, Gustavo Penna, Marcio Kogan, sei lá... tantos que eu poderia ficar escrevendo os nomes até o final do blog....
Qual a real vantagem de contratar um escritório europeu? estrangeiro? Será que as idéias são mais inovadoras? Mais sustentáveis? Mais futuristas? Mais visibilidade? Mais custo? Pois para um estudo, qualquer escritório brasileiro não cobraria mais do que R$ 500.000,00. Por que pagar os 3 milhões para a dupla estrangeira? A proposta é muito boa, pois revitalizaria a área da Estação da Luz que já há algum tempo está tentando sair do estigma de ser uma área de drogados, de comércio de eletrônicos e acessórios de automóveis. A estação Julio Prestes, a Sala São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa São ótimos exemplos de arquitetura boa e nacional - não me agrada o museu onde antigamente era o Dops, não pela arquitetura, mas como era usado antigamente..uma prisão, para presos políticos...para mim viraria uma grande e bonita praça - Juntos todos os projetos executivos citados não devem ter custado o valor do estudo para o Teatro. Não sou contra escritórios estrangeiros trabalharem no Brasil, mas deviam receber o que os arquitetos Brasileiros recebem, pois somos importantes como País, como sociedade e como povo e se quiserem trabalhar por aqui devemos deixar de lado o colonialismo que impera há 500 anos e impor nossas regras, nossas conquistas e mostrar para o mundo que somos interessantes, e só assim é que conseguiremos nos próximos 500 anos sermos respeitados.
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